quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

SÍMBOLOS DO NATAL (CURIOSIDADES)




O Natal, que logo estaremos a comemorar, apresenta alguns aspectos pouco conhecidos. Em especial no que diz respeito aos seus símbolos.
Por exemplo, a árvore de Natal. Alguns acreditam que ela se originou no século oitavo. Teria sido o missionário São Bonifácio que a idealizou, em substituição ao culto realizado nas florestas ao deus Odin.
Outros afirmam que foi Martinho Lutero o seu idealizador, no século dezesseis.
Registra a História que, na noite de Natal, Lutero caminhava por uma floresta de pinheiros. Olhando para o céu, viu as estrelas brilhando ainda mais belas, através dos galhos cobertos de neve.
Encantado com a beleza do quadro, cortou um galho, levou-o para casa e usou velas acesas para imitar o brilho dos astros que presenciara.
A árvore de Natal veio para a América, na época colonial, trazida pelos alemães.
O presépio, por sua vez, teve origem no século treze. Foi na Itália. Na noite de vinte e quatro para vinte e cinco de dezembro de mil duzentos e vinte e quatro, Francisco de Assis teve a ideia de representar o nascimento de Cristo.
Preparou uma encenação, num estábulo verdadeiro, da manjedoura, do boi e do jumento. A tempos regulares ele mesmo aparecia em cena e falava a respeito do nascimento de Jesus.
Ainda no século treze, a representação idealizada pelo fundador das Ordens Franciscanas ficou conhecida em toda a Europa.
Os cartões de Natal surgiram na Inglaterra por volta de mil oitocentos e quarenta e três. A iniciativa foi do diretor do Museu Britânico de Londres, Sir Henry Cole. Foram popularizados e começaram a ser impressos em mil oitocentos e cincoenta e um.
Dar presentes é uma tradição que tem origem em tempos recuados. Fazia parte das saturnálias, festas orgíacas de Roma, como também de festividades nórdicas.
Entre os cristãos, o costume iniciou no século sete, com o Papa Bonifácio, que presenteava os necessitados, em nome do Divino aniversariante.
As velas acesas no Natal para enfeitar as árvores e outros arranjos têm origem comum: o culto ao fogo.
Só o tempo fez desaparecer as orgias pagãs e ajudou a apagar as recordações sobre a origem do fogo, que era o velho culto ao sol.
Desde que os símbolos não remontam à época do Cristo, conclui-se que ele, em essência, nada tem a ver com nenhum deles.
Assim, comemorar o Natal nos permite ornamentar o lar com luzes, cores, enfeites. Mas importante não esquecer de preparar o coração.
Preparar a ceia de Natal para parentes e amigos, mas não esquecer de, em nome do Divino aniversariante, saciar a fome de quem a sofre.
* * *
Em mil oitocentos e setenta, durante a guerra entre a Alemanha e a França, um oficial prussiano idealizou cartões de Natal a partir de capas de alguns cadernos de colégio.
Distribuiu aos seus soldados para que eles pudessem escrever aos seus parentes.
Foi assim que nasceram os primeiros cartões postais, que depois sofreram várias modificações.
Pode-se imaginar a emoção de uma mãe, uma esposa, a namorada, irmãos recebendo uma mensagem de Natal, escrita de próprio punho, por seu amor, de uma frente de batalha.
Redação do Momento Espírita.
Em 14.12.2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

DEUS NÃO VAI TE PERGUNTAR....


 

Deus não vai perguntar que tipo de carro você costumava  dirigir, mas vai perguntar quantas pessoas que necessitavam de ajuda você transportou.
 
Deus não vai perguntar qual o tamanho da sua casa, mas vai perguntar quantas pessoas você abrigou nela.
 
Deus não vai fazer perguntas sobre as roupas do seu armário, mas vai perguntar quantas pessoas você ajudou a vestir.
 
Deus não vai perguntar o montante de seus bens materiais, mas vai perguntar em que medida eles ditaram sua vida.
 
Deus não vai perguntar qual foi o seu maior salário, mas vai perguntar se você comprometeu o seu caráter para obtê-lo.
 
Deus não vai perguntar quantas promoções você recebeu, mas vai perguntar de que forma você promoveu outros.
 
Deus não vai perguntar qual foi o título do cargo que você ocupava, mas vai perguntar se você desempenhou o seu trabalho com o  melhor de suas habilidades.
 
Deus não vai perguntar quantos amigos você teve, mas vai perguntar para quantas pessoas você foi amigo.
 
Deus não vai perguntar o que você fez para proteger seus direitos, mas vai perguntar o que você fez para garantir os direitos dos outros.
 
Deus não vai perguntar em que bairro você morou, mas vai perguntar como você tratou seus vizinhos.
 
E eu me pergunto: que tipo de respostas terei para dar?
 
(Autor desconhecido)

COISAS QUE A VIDA ENSINA DEPOIS DOS 40


Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
***

O ABORTO



 
Certa mãe carregando nos braços um bebê, entrou num consultório médico e, diante deste, começou a lamuriar-se:
 
– Doutor, o senhor precisa me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida de novo! Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas sim num espaço grande entre um e outro.
 
Indaga o médico:
 
– Muito bem... e o que a senhora quer que eu faça?
 
A mulher, já esperançosa, respondeu:
 
– Desejo interromper esta gravidez e quero contar com sua ajuda.
 
O médico pensou alguns minutos e disse para a mulher:
 
– Acho que tenho uma melhor opção para solucionar o problema e é menos perigoso para a senhora.
 
A mulher sorria, certa que o médico aceitara o seu pedido, quando o ouviu dizer:
 
– Veja bem, minha senhora... para não ficar com dois bebês em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer... Se o caso é matar, não há diferença para mim entre um e outro. Até porque sacrificar o que a senhora tem nos braços é mais fácil e a senhora não corre nenhum risco.
 
A mulher apavorou-se:
 
– Não, doutor!!! Que horror!!! Matar uma criança é crime!!! É infanticídio!!!
 
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, convenceu a mãe de que não existe a menor diferença entre matar uma criança ainda por nascer (mas que já vive no seio materno) e uma já crescida. O crime é exatamente o mesmo e o pecado, diante de Deus, exatamente o mesmo
 
LUCHINI.
 
Texto extraído do Expresso Vida nº 28 (03 de Setembro de 2000), adaptado por Mely.
(ENVIADO POR CONCEIÇÃO)

Três dias Para Ver

Três Dias Para Ver
Helen Keller

O que você olharia se tivesse apenas três dias de visão?
Helen Keller, cega e surda desde bebê, dá a sua resposta neste belo ensaio, publicado no Reader's Digest (Seleções)

Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no princípio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silêncio lhe ensinaria as alegrias do som.
De vez em quando testo meus amigos que enxergam para descobrir o que eles vêem. Há pouco tempo perguntei a uma amiga que voltava de um longo passeio pelo bosque o que ela observara. "Nada de especial", foi à resposta.
Como é possível, pensei, caminhar durante uma hora pelos bosques e não ver nada digno de nota? Eu, que não posso ver, apenas pelo tacto encontro centenas de objetos que me interessam. Sinto a delicada simetria de uma folha. Passo as mãos pela casca lisa de uma bétula ou pelo tronco áspero de um pinheiro.
Na primavera, toco os galhos das árvores na esperança de encontrar um botão, o primeiro sinal da natureza despertando após o sono do inverno. Por vezes, quando tenho muita sorte, pouso suavemente a mão numa arvorezinha e sinto o palpitar feliz de um pássaro cantando.
Às vezes meu coração anseia por ver tudo isso. Se consigo ter tanto prazer com um simples toque, quanta beleza poderia ser revelada pela visão! E imaginei o que mais gostaria de ver se pudesse enxergar, digamos por apenas três dias.
Eu dividiria esse período em três partes. No primeiro dia gostaria de ver as pessoas cuja bondade e companhias fizeram minha vida valer a pena. Não sei o que é olhar dentro do coração de um amigo pelas "janelas da alma", os olhos. Só consigo "ver" as linhas de um rosto por meio das pontas dos dedos. Posso perceber o riso, a tristeza e muitas outras emoções. Conheço meus amigos pelo que toco em seus rostos.
Como deve ser mais fácil e muito mais satisfatório para você, que pode ver, perceber num instante as qualidades essenciais de outra pessoa ao observar as sutilezas de sua expressão, o tremor de um músculo, a agitação das mãos. Mas será que já lhe ocorreu usar a visão para perscrutar a natureza íntima de um amigo? Será que a maioria de vocês que enxergam não se limita a ver por alto as feições externas de uma fisionomia e se dar por satisfeita?
Por exemplo, você seria capaz de descrever com precisão o rosto de cinco bons amigos? Como experiência, perguntei a alguns maridos qual a exata cor dos olhos de suas mulheres e muitos deles confessaram, encabulados, que não sabiam.
Ah, tudo que eu veria se tivesse o dom da visão por apenas três dias!
O primeiro dia seria muito ocupado. Eu reuniria todos os meus amigos queridos e olharia seus rostos por muito tempo, imprimindo em minha mente as provas exteriores da beleza que existe dentro deles. Também fixaria os olhos no rosto de um bebê, para poder ter a visão da beleza ansiosa e inocente que precede a consciência individual dos conflitos que a vida apresenta. Gostaria de ver os livros que já foram lidos para mim e que me revelaram os meandros mais profundos da vida humana. E gostaria de olhar nos olhos fiéis e confiantes de meus cães, o pequeno scottie terrier e o vigoroso dinamarquês.
À tarde daria um longo passeio pela floresta, intoxicando meus olhos com belezas da natureza. E rezaria pela glória de um pôr-do-sol colorido. Creio que nessa noite não conseguiria dormir.
No dia seguinte eu me levantaria ao amanhecer para assistir ao empolgante milagre da noite se transformando em dia. Contemplaria assombrado o magnífico panorama de luz com que o Sol desperta a Terra adormecida.
Esse dia eu dedicaria a uma breve visão do mundo, passado e presente. Como gostaria de ver o desfile do progresso do homem, visitaria os museus. Ali meus olhos veriam a história condensada da Terra -- os animais e as raças dos homens em seu ambiente natural; gigantescas carcaças de dinossauros e mastodontes que vagavam pelo planeta antes da chegada do homem, que, com sua baixa estatura e seu cérebro poderoso, dominaria o reino animal.
Minha parada seguinte seria o Museu de Artes. Conheço bem, pelas minhas mãos, os deuses e as deusas esculpidos da antiga terra do Nilo. Já senti pelo tacto as cópias dos frisos do Paternon e a beleza rítmica do ataque dos guerreiros atenienses. As feições nodosas e barbadas de Homero me são caras, pois também ele conheceu a cegueira.
Assim, nesse meu segundo dia, tentaria sondar a alma do homem por meio de sua arte. Veria então o que conheci pelo tacto. Mais maravilhoso ainda, todo o magnífico mundo da pintura me seria apresentado. Mas eu poderia ter apenas uma impressão superficial. Dizem os pintores que, para se apreciar a arte, real e profundamente, é preciso educar o olhar. É preciso, pela experiência, avaliar o mérito das linhas, da composição, da forma e da cor. Se eu tivesse a visão, ficaria muito feliz por me entregar a um estudo tão fascinante.
À noite de meu segundo dia seria passada no teatro ou no cinema. Como gostaria de ver a figura fascinante de Hamlet ou o tempestuoso Falstaff no colorido cenário elisabetano! Não posso desfrutar da beleza do movimento rítmico senão numa esfera restrita ao toque de minhas mãos. Só posso imaginar vagamente a graça de uma bailarina, como Pavlova, embora conheça algo do prazer do ritmo, pois muitas vezes sinto o compasso da música vibrando através do piso.
Imagino que o movimento cadenciado seja um dos espetáculos mais agradáveis do mundo. Entendi algo sobre isso, deslizando os dedos pelas linhas de um mármore esculpido; se essa graça estática pode ser tão encantadora, deve ser mesmo muito mais forte a emoção de ver a graça em movimento.
Na manhã seguinte, ávida por conhecer novos deleites, novas revelações de beleza, mais uma vez receberia a aurora. Hoje, o terceiro dia, passarei no mundo do trabalho, nos ambientes dos homens que tratam do negócio da vida. A cidade é o meu destino.
Primeiro, paro numa esquina movimentada, apenas olhando para as pessoas, tentando, por sua aparência, entender algo sobre seu dia-a-dia. Vejo sorrisos e fico feliz. Vejo uma séria determinação e me orgulho. Vejo o sofrimento e me compadeço.
Caminhando pela 5ª Avenida, em Nova York, deixo meu olhar vagar, sem se fixar em nenhum objeto em especial, vendo apenas um caleidoscópio fervilhando de cores. Tenho certeza de que o colorido dos vestidos das mulheres movendo-se na multidão deve ser uma cena espetacular, da qual eu nunca me cansaria. Mas talvez, se pudesse enxergar, eu seria como a maioria das mulheres – interessadas demais na moda para dar atenção ao esplendor das cores em meio à massa.
Da 5ª Avenida dou um giro pela cidade – vou aos bairros pobres, às fábricas, aos parques onde as crianças brincam. Viajo pelo mundo visitando os bairros estrangeiros. E meus olhos estão sempre bem abertos tanto para as cenas de felicidade quanto para as de tristeza, de modo que eu possa descobrir como as pessoas vivem e trabalham, e compreendê-las melhor.
Meu terceiro dia de visão está chegando ao fim. Talvez haja muitas atividades a que devesse dedicar as poucas horas restantes, mas acho que na noite desse último dia vou voltar depressa a um teatro e ver uma peça cômica, para poder apreciar as implicações da comédia no espírito humano.
À meia-noite, uma escuridão permanente outra vez se cerraria sobre mim. Claro, nesses três curtos dias eu não teria visto tudo que queria ver. Só quando as trevas descessem de novo é que me daria conta do quanto eu deixei de apreciar.
Talvez este resumo não se adapte ao programa que você faria se soubesse que estava prestes a perder a visão. Mas sei que, se encarasse esse destino, usaria seus olhos como nunca usara antes. Tudo quanto visse lhe pareceria novo. Seus olhos tocariam e abraçariam cada objeto que surgisse em seu campo visual.
Então, finalmente, você veria de verdade, e um novo mundo de beleza se abriria para você.
Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão àqueles que vêem: usem seus olhos como se amanhã fossem perder a visão. E o mesmo se aplica aos outros sentidos.
Ouça a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fossem ficar surdos. Toquem cada objeto como se amanhã perdessem o tacto. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se amanhã não mais sentissem aromas nem gostos. Usem ao máximo todos os sentidos; goze de todas as facetas do prazer e da beleza que o mundo lhes revela pelos vários meios de contacto fornecidos pela natureza. Mas, de todos os sentidos,
estou certa de que a visão deve ser o mais delicioso.

Fonte: www.lerparaver.com (Site na qual se trata da deficiência visual)

sábado, 16 de outubro de 2010

Emoções Negativas e Câncer (Francisco Cajazeiras)


 
Já de algum tempo, dados empíricos vêm sugerindo pelo menos a presença de um fator psicossomático em pacientes que desenvolvem tumores malignos, assim como a sua importância na evolução desses tumores.
Observavam-se, por exemplo, que cônjuges que enviuvavam, adoeciam com maior freqüência e, em muitas situações, desenvolviam quadros neoplásicos com elevado grau de malignidade, desencarnando em tempo curto.


Também se percebia na prát ica, maior vulnerabilidade às infecções, em grupos de pacientes com quadros de tristeza ou cólera um pouco mais prolongada e, às vezes, até mesmo em problemas emocionais agudos.


Atualmente, as experiências científicas vêm confirmar aquilo que a prática clínica do cotidiano já sugeria. O Dr. Carl Simonton e a Dra. Stephanie-Matthews Simonton, pioneiros nos estudos que relacionam a emoção com a doença neoplásica maligna, ensinam que o nosso organismo origina células cancerosas com freqüência, mas que há uma vigilância natural do sistema imunológico a identificar prontamente e a Destruir estas células, impedindo-lhes a proliferação e subseqüente formação dos tumores.


Para esses pesquisadores, nos casos de câncer vamos encontrar uma incompetência desse sistema na identificação daquelas células alteradas, relacionando o fato aos distúrbios emocionais. Segundo eles, os hormônios de estresse que são produzidos nos estados de raiva e de ressentimento, quando se mantêm por tempo prolongado seriam os responsáveis pela falha imunológica.


Estudando a personalidade de pacientes que desenvolvem câncer eles concluem: “Uma inclinação a guardar ressentimentos e uma marcada incapacidade para o perdão são a característica psicológica-chave das pessoas com tendência ao câncer.”


Obviamente nem todas as pessoas que são acomet idas por essas enfermidades estarão enquadradas no referido perfil psicológico, assim como nem todas que o apresentam, desenvolverão a doença, pois é preciso levar em consideração os outros fatores, inclusive à predisposição orgânica que, como já visto, herdamos de nós mesmo, através do perispírito, pela lei biológica da reencarnação.


Sobre esses estudos com a emoção, também encontramos referência no livro já citado do Dr. Geraldo José Ballone, Da Emoção à Lesão: “Sabe-se que no sangue as células (linfócitos) chamadas de ´naturais killers´ - NK, têm a função de vigiar a existência de qualquer célula anômala e proporcionar a sua pronta destruição. Essa tarefa que os linfócitos executam do nascimento até a morte é chamada vigilância imunológica. (...)


Se eles não ‘perceberem’ a existência de células realmente anômalas, poderão negligenciar sua tarefa de vigilância imunológica. Nesse caso aparece o câncer.


E sobre a personal idade com tendência a desenvolver cânceres: “Os oncologistas conceituaram e delinearam uma Personalidade Tipo C, onde o risco maior seria para o câncer. (...) Nesse tipo de personalidade haveria (...): supressão das emoções e tendência à raiva (...).”.

Teto extraido do Livro Valor Terapeutico do Perdão escrito por Francisco Cajazeiras (Professor Universitário e Médico).

Fatores de desequilíbrio- Parte II A Angústia e o Ódio (Joana de Ângelis)

A angústia

A insegurança pessoal, decorrente de vários fa tores psicológicos, gera instabilidade de comporta mento, facultando altas cargas de ansiedade e de medo.

Sentindo-se incapaz de alcançar as metas a que se propõe, o indivíduo transita entre emoções em desconserto, refugiando-se em fenômenos de angús tia, como efeito da impossibilidade de controlar os acontecimentos da sua vida.

Enquanto transite nos primeiros níveis de cons ciência, a carência de lucidez dos objetivos essenci ais da vida levá-lo-á a incertezas, porqüanto, as suas, serão as buscas dos prazeres, das aspirações egoís tas, das promoções da personalidade, sentindo-se fra cassado quando não alcança esses patamares transi tórios, equivocados, em relação à felicidade.

Aprisionando-se em errôneos conceitos sobre a plenificação do eu, que confunde com as ambições do ego, pensa que ter é de relevante importância, dei xando de ser iluminado, portanto, superior aos condi­cionamentos e pressões perturbadoras.

A angústia, como efeito de frustração, é seme lhante a densa carga tóxica que se aspira lentamen te, envenenando-se de tristeza injustificável, que ter mina, às vezes, como fuga espetacular pelo mecanis mo da morte anelada, ou simplesmente ocorrida por efeito do desejo de desaparecer, para acabar com o sofrimento.

Normalmente, nos casos de angústia cultivada, estão em jogo os mecanismos masoquistas que, fa cultando o prazer pela dor, intentam inverter a ordem dos fenômenos psicológicos, mantendo o estado per­turbador que, no paciente, assume características de normalidade.

O recurso para a superação dos estados de an gústia, quando não têm um fator psicótico, é a con quista da autoconfiança, delineamento de valores re­ais e esforço por adquiri-los ou recorrendo ao auxílio de um profissional competente.

As ocorrências de insucesso devem ser avaliadas como treinamento para outras experiências, recurso-desafio para o crescimento intelectual, aprendizagem de novos métodos de realizações humanas.

Exercícios de autocontrole, de reflexões otimistas, de ações enobrecedoras, funcionam como terapia li bertadora da angústia, que deve ser banida dos sen timentos e do pensamento.


O ódio
Etapa terminal do desarranjo comportamental, o ódio é tóxico fulminante no oxigênio da saúde men tal e física.

Desenvolve-se, na sua área, mediante a análise injusta do comportamento dos outros em relação a si, e nunca ao inverso. Fazendo-se vítima, porque passou a um conceito equivocado sobre a realidade, deixa-se consumir pelo complexo de inferioridade, procedente da infância castrada, e descarrega, inconscientemen te, a sua falta de afetividade, a sua insegurança, o seu medo de perda, a sua frustração de desejo, em arre messos de ondas mentais de ódio, até o momento da agressividade física, da violência em qualquer forma de manifestação.

O ódio é estágio primevo da evolução, atavicamen te mantido no psiquismo e no emocional da criatura, que necessita ser transformado em amor, mediante terapias saudáveis de bondade, de exercícios frater nais, de disciplinas da vontade.

Agentes poluidores e responsáveis por distúrbios emocionais de grande porte, são eles os geradores de perturbações dos aparelhos respiratório, digesti vo, circulatório. Responsáveis por cânceres físicos, são as matrizes das desordens mentais e sociais que aba lam a vida e o mundo.

A saúde da criatura humana procede do ser eter no, vem das experiências em vidas anteriores, confor me ocorre com as enfermidades cármicas, no entanto, dependendo da consciência, do comportamento, da personalidade e da identificação do ser com o que lhe agrada e com aquilo a que se apega na atualidade.


Texto extraido do Livro O Ser Conciente, escrito por Divaldo P. Franco e ditado eplo espírito Joanna de ângellis.

Fatores de Desequilíbrio Parte I - O Amor e o Rancor(Joana de Ângelis)



A saúde da criatura humana resulta de fatores essenciais que lhe compõem o quadro de bem-estar: equilíbrio mental, harmonia orgânica e ajustamento sócio-econômico. Quando um desses elementos dei xa de existir, pode-se considerar que a saúde cede lugar à perturbação, que afeta qualquer área do con junto psicofísico.

Sendo, a criatura humana, constituída pela ener gia que o Espírito envia a todos os departamentos materiais e equipamentos nervosos, qualquer distonia que a perturbe abre campo para a irrupção de do enças, a manifestação de distúrbios, que levam aos vários desconsertos patológicos, conhecidos como enfermidades.

Por isso, é possível que uma criatura, em proces so degenerativo, possa aparentar saúde, face à ausên cia momentânea dos sintomas que lhe permitem o re gistro, a percepção do insucesso.

Da mesma forma, podemos considerar que, escra va da mente, a criatura transita do cárcere dos sofri mentos aos portões da liberdade — das doenças à saú de ou vice-versa — através da energia direcionada ao bem, à harmonia, ou sob distonias, conflitos e traumas.

De relevantes significados são os conteúdos ne gativos do comportamento emocional, geradores das disritmias energéticas, que passam a desvitalizar os campos nos quais se movimentam, enfraquecendo-os e abrindo-os à sintonia com os microorganismos de generativos.

Entre os muitos fatores de destruição do equilí brio, anotemos o amor, a angústia, o rancor, o ódio, que se convertem em gigantes da vida psicológica, com poderes destrutivos, insuspeitáveis.
A mente desordenada, que cultiva paixões dissol ventes, perde o rumo, passando a fixações neuróti cas e somatizadoras, infelizes, que respondem pelos estados inarmônicos da psique, da emoção e do corpo.

Os conteúdos do equilíbrio expressam-se no com portamento, propiciando modelos de criaturas desidentificadas com as manifestações deletérias do meio social, das constrições de vária ordem, das do minações bacterianas.

A auto-análise, trabalhada pela insistência de preservação dos ideais superiores da vida, é o recur so preventivo para a manutenção do bem-estar e da saúde nas suas várias expressões.

O amor

Confundidas as sensações imediatas do prazer com as emoções emuladoras do progresso moral, o amor constitui o grande demolidor das estruturas ce­lulares, pela força dos desejos de que se faz portador.

Certamente, referimo-nos ao amor bruto, asselva jado, possessivo, que situa no desejo a sua maior car ga de aspiração.

Ocultando frustrações pertinazes e gerando me canismos de transferência neurótica, as personalida des atormentadas aferram-se ao amor-desejo, ao amor-sexo, ao amor-posse, ao amor-ambição, deixando-se consumir pelos vapores da perturbação, que a insis tência mental e insensata do gozo desenvolve em for ma de incêndio voraz.

O atormentado fixa a sua identidade na necessida de do que denomina amor e projeta-se, inconsciente mente, sobre quem ele diz amar, impondo-se com sofreguidão irrefreável, ou acalentando intimamente a re alização do que anela, em terrível desarmonia interior. A quanto mais aspira e frui, mais exige e sofre; se não logra a realização, mais se decompõe, perdendo ou matando, com os raios venenosos da mente em desali nho, as defesas imunológicas e a vibração de harmonia mental, logo tombando nos estados enfermiços.

O rancor

Fenômeno natural decorrente da insegurança emo cional, o rancor produz ácidos destruidores de alta potencialidade, que consomem a energia vital e abrem espaços intercelulares para a distonia e a ins talação das doenças.

Entulho psíquico, o rancor acarreta danos emoci onais variados, que levam a psicoses profundas e a episódios esquizofrênicos de difícil reparação.

A criatura humana tem a destinação da plenitu de. O seu passo existencial deve ser caracterizado pela confiança, e os acontecimentos desagradáveis fazem- se acidentes de percurso, que não interrompem o pla no geral da viagem, nunca impeditivos da chegada à meta.

Por isso, os acontecimentos impõem, quando ne gativos, a necessidade de uma catarse libertadora, a fim de não se transformarem em resíduos de má goas e rancores que, de contínuo, assumem mais danoso contingente de ocorrência destrutiva.

A psicoterapia do perdão, com os mecanismos da renúncia dinâmica, consegue eliminar as seqüelas do insucesso, retirando o rancor das paisagens mentais e emocionais da criatura, sem o que se desarticulam os processos de harmonia e equilíbrio psíquico, emo cional e físico.

Texto extraido do Livro O Ser Conciente, escrito por Divaldo P. Franco e ditado eplo espírito Joanna de ângellis.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O espírito sabe sempre que vai reencarnar? E pode ser obrigado a fazê-lo?


Tal circunstância depende do estado evolutivo do espírito, do seu grau de consciência e da certeza que adquiriu de que a reencarnação é a oportunidade por excelência de pôr à prova todos os conhecimentos e os novos valores morais aprendidos no mundo espiritual. Assim, ele participará, mais ou menos, em todo o processo, consoante o seu grau de adiantamento.
“Os processos de reencarnação, tanto quanto os da morte física, diferem ao infinito, não existindo, segundo cremos, dois absolutamente iguais. As facilidades e obstáculos estão subordinados a fatores numerosos, muitas vezes relativos ao estado consciencial dos próprios interessados no regresso à Crosta
ou na libertação dos veículos carnais.Há companheiros de grande elevação que, ao voltarem à esfera mais densa em apostolado de serviço e iluminação, quase dispensam o nosso concurso.
Outros irmãos nossos, contudo, procedentes de zonas inferiores, necessitam de cooperação muito mais complexa que a exercida no caso de Segismundo
.”In "MISSIONÁRIOS DA LUZ", cap. XIII, Reencarnação, André Luiz, psicografia de Chico Xavier, p.118
Deste modo se depreende que quanto menos adiantado for o espírito, menos consciente se encontra de todo o processo:

“Os nossos irmãos ignorantes e infelizes, reclamam quase absoluto estado de inconsciência para penetrarem, de novo, o santuário material.” idem, p.112
“Nem todos os Espíritos se preocupam com a sua reencarnação. Muitos há que em tal coisa não pensam, que nem sequer a compreendem. Depende de estarem mais ou menos adiantados. Para alguns, a incerteza em que se acham do futuro que os aguarda constitui punição.”In”O LIVRO DOS ESPÍRITOS, p.195, questão 331
– "Existem, então – perguntei sob forte interesse -, aqueles que reencarnam inconscientes do ato que realizam? Certamente – respondeu ele, solícito - , assim também como desencarnam diariamente na crosta milhares de pessoas sem a menor noção do ato que experimentam, somente as almas educadas tem compreensão real da verdade que se lhes apresenta em frente da morte do corpo. Do mesmo modo, aqui, a maioria dos que retornam a existência corporal na esfera do globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhe organizam novas tarefas redentoras, e quantos recebem semelhante auxílio são conduzidos ao templo maternal de carne como crianças adormecidas. São inúmeros os que regressam a crosta nessas condições, reconduzidos por autoridades superiores de nossa esfera de ação, em vista das necessidades de certas almas encarnadas, de certos lares e determinados agrupamentos."In "MISSIONÁRIOS DA LUZ", cap. XIII, Reencarnação, André Luiz, psicografia de Chico Xavier ,p. 113

Quando o espírito compreende a necessidade de reencarnar, pode conhecer o tipo de provas que vai enfrentar; todavia, nunca sabe se irá ser capaz de as ultrapassar com êxito, durante a vida terrena. Muitos, apesar da boa vontade que os anima sentem o medo do desconhecido.
Após ter obtido o perdão e o consentimento dos futuros pais para a reencarnação Segismundo, mostra-se hesitante e receoso momentos antes de reencarnar:
- "Já estive mais animado – disse-me ele, triste -, entretanto agora falecem-me as energias... sinto-me fraco, incapacitado... agora tenho receio de novos fracassos...". In "MISSIONÁRIOS DA LUZ", cap. XIII, Reencarnação, André Luiz, psicografia de Chico Xavier ,p.112
Na questão 339 de O Livro dos Espíritos, Kardec interroga a espiritualidade:
"- O momento da encarnação é acompanhado de uma perturbação semelhante aquela que tem lugar na desencarnação?
R: – Muito maior e sobretudo mais longa. Na morte, o espírito sai da escravidão, no nascimento, entra nela.”
pág. 197

Um espírito pode levar séculos sem reencarnar, mas, cedo ou tarde, terá de voltar a fazê-lo, sob pena de estagnar na sua evolução:
“Se o Espírito se considerasse bastante feliz, numa condição mediana entre os Espíritos errantes
e, conseguintemente, não ambicionasse elevar-se, poderia prolongar esse estado?
R - Não indefinidamente. Cedo ou tarde, o Espírito sente a necessidade de progredir. Todos têm que se elevar; esse o destino de todos."
In”O LIVRO DOS ESPÍRITOS, p.196, questão 333

CRIANÇAS INDIGO

UM CASO SOBRE CRIANÇAS ÍNDIGO

Divaldo Franco: “Como o tema é um pouco árido, eu me permito contar-lhes uma experiência pessoal. Na Mansão do Caminho, nossa instituição infanto-juvenil, tínhamos um menino de cinco anos, que era tão terrível que eu lhe coloquei o nome Júlio “Terror”. Ainda não havia o terrorismo, mas o meu menino era um terrorista. Ele sabia de tudo, estava sempre no lugar que não devia, na hora errada, falava o que não era próprio, não ficava quieto, e não sabíamos como educá-lo. Eu usei todos os métodos possíveis: o carinho, ele me agredia; a severidade, ele não obedecia; deixei-o por conta própria, e ele ficou aborrecido.
Certo dia, eu estava trabalhando quando o interfone me chamou e o porteiro da Instituição me informou:
- "Senhor Divaldo, aqui tem uma senhora que quer lhe falar."
Eu respondi:
- "O senhor sabe que eu não atendo neste horário, porque sempre me encontro muito ocupado, atendendo a deveres intransferíveis. Peça-lhe que volte à noite."
O porteiro respondeu-me:
- "Ela, porém, está insistindo muito."

Eu, desagradado com a resposta, redargui-lhe:
- "Informe-a, que somente será atendida à noite, porque agora eu não estou." - E desliguei o fone.
Quando eu terminei o diálogo, saiu de debaixo da minha mesa, Júlio ”Terror”... Eu houvera proferido uma palestra para crianças sobre a mentira, no domingo anterior. Aquele dia era a terça-feira, que seguia ao das informações que eu lhes ministrara.

Quando ele saiu de sob a mesa, olhou-me, sorrindo, zombeteiro, e censurou-me:
- "Mentindo, hein!?" .
Eu o olhei com a autoridade de adulto e indaguei-lhe em tom forte de voz:
- "Quem é que está mentindo?"
- "Você!" - redarguiu.
Ele não tinha medo. Fitei-o, sério, e tentei esclarecer, informando:
- "Júlio, eu não estou mentindo. Eu estou dizendo que não me encontro lá na portaria."
Ele sorriu, afirmando:
- "Outra mentira! Porque você está dizendo é que não está na Mansão do Caminho. E você está..."
Eu peguei o fone e falei ao porteiro:
- "Diga à nossa irmã, se ainda estiver aí, que eu já cheguei."
Não foi suficiente para convencer o menino, porquanto, ele, novamente, confirmou:
- "Outra mentira! Porque você não saiu, como é que chegou?"
Tratava-se de um menino índigo.
Eu concluí, elucidando:
- "Julinho, eu, às vezes, também minto." E ele considerou:
- "Mas, não deve."
Eu justifiquei:
- "Há dois tipos de mentira: a mentira branca que é uma desculpa, e a mentira pesada, a negra."
Ele, surpreso, exclamou:
- "Ah! Até a mentira sofre preconceito de cor?!."
Eu encerrei o diálogo, com ternura e amor, propondo:
- "Julinho, pelo amor de Deus, vá-se embora, por favor, depois conversaremos.”
In “A Nova Geração: A Visão Espírita sobre Crianças Índigo e Cristal”,
Divaldo Franco com Vanessa Anseloni

O Fenômeno Mediúnico (Manoel Philomeno de Miranda)


)


“É simplesmente uma aptidão para servir de instrumento, mais ou menos dócil aos Espíritos em geral que os médiuns emprestam o organismo material que falta a estes para nos transmitirem as suas instruções".

O fenômeno mediúnico, para expressar-se com segurança, exige toda a complexidade do mecanismo fisiológico e psíquico do homem que a ele se entrega, assim como da perfeita identificação vibratória do seu comunicante.


Para o desiderato, o perispírito do encarnado exterioriza-se em um campo mais amplo, captando as vibrações do ser que se lhe acerca, por sua vez, igualmente ampliado, graças a cuja sutileza interpenetram-se, transmitindo reciprocamente os seus conteúdos de energia, no que resulta o fenômeno equilibrado.

Às vezes, automaticamente, dá-se a comunicação espiritual, produzindo o fato mediúnico, ora por violenta injunção obsessiva e, em outras oportunidades, por afinidades profundas, quando a ocorrência é elevada.

Seja porém, como for, sem o contributo e a ação do Perispírito, a tentativa não se torna efetivo. Desse modo o conhecimento do Perispírito é de vital importância para quantos desejam exercitar a mediunidade colocando-a a serviço de ideais enobrecedores.

Penetrabilidade, elasticidade, fluidez, materialização, depósito das memórias passadas entre outras oferecem compreensão e recurso para melhor movimentação dessas características, algumas das quais são imprescindíveis para a execução da tarefa, no fenômeno de intercâmbio espiritual.

A fixação da mente, através da concentração, proporciona dilatação do campo perispirítico e mudança das vibrações que variam das mais grosseiras às mais sutis a depender, igualmente, do comportamento moral do indivíduo.

Na área psicológica não podemos ignorar-lhe a presença nas criaturas, gerando as simpatias - por decorrência de afinidades vibratórias entre as pessoas que se identificam - e a antipatia - que deflui do choque das ondas que se exteriorizam, portadoras de teor diferente produzindo sensações de mal-estar.

Invisível, no entanto preponderante nos mais diversos mecanismos da vida, o campo é encontrado no fenômeno mediúnico, através de cuja irradiação é possível o intercâmbio.

Cada ser humano, encarnado ou não, vibra na faixa mental que lhe é peculiar, irradiando uma vibração especifica.

Quando nas comunicações, os teores são diferentes, a fim de produzir-se a afinidade, o médium educado sintoniza com o psiquismo irradiante daquele que se vai comunicar, e se este é portador de altas cargas deletérias, demorando-se sob vibrações baixas, o hospedeiro permite-se dela impregnar até que, carregado dessas energias pesadas, logra envolver-se no campo propiciador.
Quando se trata de Entidade portadora de elevadas vibrações, mais sutis que as habituais do médium, este, pelas ações nobres a que se entrega, pela oração e concentração, em que se fixa, libera-se das cargas mais grosseiras e sutiliza a própria irradiação, enquanto o Benfeitor, igualmente concentrado, condensa, pela ação da vontade e do pensamento, as suas energias até o ponto de sintonia, proporcionando o fenômeno de qualidade ideal.

O fenômeno mediúnico, portanto, a ocorre no campo de irradiação do Espírito através do Perispírito, está sempre a exigir um padrão vibratório equivalente, que decorre da conduta moral, mental e espiritual de todo aquele que se faça candidato.

Certamente, como decorrência do campo perispiritual, diversos núcleos de vibrações, nos quais se fixa o Espírito ao corpo, bem como em face do mecanismo de algumas das glândulas de secreção endócrina, apresentam-se as possibilidades ideais para o intercâmbio espiritual de natureza mediúnica.

***
Revista Presença Espirita set/1991, psicografia de Divaldo Pereira Franco.

domingo, 26 de setembro de 2010

COMO FAZER O EVANGELHO NO LAR


1. Preparação
Primeiro marcamos dia e hora apropriados para nós e nossos familiares, conscientes de que este é o momento de intimidade da família com Jesus. Se o telefone ou campainha tocarem, atenderemos com delicadeza e diremos que estamos ocupados com nossos estudos e que após tornaremos a ligar, ou convidaremos os que chegaram a entrar e participar.
2. Prece Inicial
Inicia-se a reunião com uma prece simples e espontânea. Deve-se fazer silêncio interior e mentalizar a figura de Jesus, equilibrando, assim, a mente para sintonizar-se com o Plano Maior.
3. Leitura do Evangelho
Faz-se a leitura de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" começando da introdução. Lê-se um pequeno trecho em cada reunião, calmamente, para que todos possam entender e comentar.
4. Comentários Sobre o Texto Lido
Os comentários deverão ser breves, feitos por todos, e cada um expõe o que entendeu da leitura, com simplicidade, sem fugir do assunto.
Comentar somente o texto lido, buscando a essência dos ensinos com vontade e fé, guardando-os para futura aplicação. Certamente, os Mentores Espirituais estarão
CEH 7 O Evangelho no Lar
ajudando os presentes a compreenderem a lição, a fim de que a assimilem com mais facilidade.
Deve-se marcar onde a leitura foi interrompida para continuar desse ponto, na próxima semana.
5. Vibrações
Eis o ponto culminante da reunião, em que o participante se converte em doador.
Vibrar é doar, e todos nós temos algo de bom a dar em favor do próximo: um bom pensamento, uma palavra de carinho, um sentimento bom que enviamos, tudo isso é doação e, portanto, caridade.
O Evangelho no Lar 8 CEH
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Destacar um participante da reunião para dirigir as vibrações, com tonalidade de voz moderada, os outros acompanharão com o pensamento, procurando doar amor, paz, saúde, equilíbrio.
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A importância da vibração está no impulso mental que é dado, na vontade firme e sincera de ajudar, na dedicação e amor aos semelhantes e no poder da fé ardente e confiante na ajuda do Alto.
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Neste momento, todos devem acomodar-se bem nas cadeiras (ou no lugar onde estiverem sentados), silenciar, respirando profundamente, deixar a mente livre de pensamentos do dia-a-dia e mentalizar a Figura de Jesus, buscando a harmonia e a paz possível pela manutenção da serenidade, e, nesse pensamento harmonioso, desprendemos ondas de paz, amor e esperança, começando as vibrações.
􀂙
Enquanto o(a) companheiro(a) profere as vibrações em voz alta, nós, em pensamento, sempre ligados a Jesus, vamos envolvendo, em nossas irradiações, as pessoas que estão sendo mencionadas.
6. Prece de Encerramento
Ao final, proferir a prece também simples e espontânea, agradecendo ao Senhor da Vida e ao Plano Espiritual que deram sustentação ao Evangelho num clima de paz e harmonia.

Fonte: O EVANGELHO NO LAR -
O Evangelho no Lar, Versie 2.1
Produção e publicação:
©Concelho Espírita Holandês, 2007

O EVANGELHO NO LAR

O Evangelho no Lar

Estudar o evangalho é uma atividade muito agradável que fornece um grande aprendizado para todos os membros da família tanto crianças como adultos.

Joana de Ângelis nos presenteia com uma sublime mensagem sobre a importância de abdicarmos nosso tempo para a evangelização em nossa casa.

Jesus Contigo

"Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.

Prepara o coração, abre o Evangelho, distende a Mensagem da Fé, enlaça a família e ora... Jesus virá em Visita!

Quando o lar se converte em Santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando os corações se unem nos liames da Fé, o Equilíbrio oferta Bênçãos de Consolo, Saúde e Paz.

Jesus no Lar... e vida para a família!

Não aguardes que o mundo te leve à certeza do inevitável. Distende, de tua Casa Cristã, a luz do Evangelho, para o mundo atormentado!

Quando uma família ora em casa, reunida, toda a rua recebe o benefício da Comunhão com o Alto. Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a Prece da Comunhão Fraterna em família, todo o edifício se beneficia.

O Evangelho no Lar 2 CEH

Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel, com aqueles que amas, nas diretrizes do Mestre e, quando possível, debate os problemas que te afligem à luz Clara da Mensagem da Boa Nova. Examina as dificuldades que te perturbam, ante a Inspiração Consoladora do Cristo.

Demora-te no lar para que o Divino Hóspede também possa aí se demorar. E, quando as luzes se apagarem, à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, a fim de que em casa, mais uma vez, possas ter Jesus Contigo!"

(Pelo espírito de Joanna de Angelis)

sábado, 25 de setembro de 2010

LIMPAR A MENTE (MIRAMEZ)


“Os bons costumes tornam a mente límpida e clareiam o verbo, enriquecendo-o, para que os ouvintes sejam estimulados ao exercício do bem eterno. A poluição mental turva a consciência e conturba o raciocínio, deixando a alma trôpega no vaso da carne.".


O homem civilizado não tem o costume diário de higienizar o corpo? Pois a mente, na verdade, tem grande necessidade de limpeza, tanto quanto o corpo, por ser o centro da vida que comanda todo a massa somática.

E esse trabalho começa como a chuva: divide-se em bilhões de gotículas, mas farta a humanidade e a natureza, limpa a atmosfera e destampa as minúsculas aberturas das árvores, de onde promana o oxigênio puro, no vigor da própria existência. Assim, a chuva, para a mente, há de surgir nessas mesmas proporções: bilhões ou trilhões de pequenos esforços, somando uma torrente de energias vivas, conduzindo todo o entulho da consciência por canais apropriados. E a pureza do raciocínio faz nascer um clima enriquecido para as belezas imortais do amor, da alegria e da fraternidade. Sugestiona o ser à procura de Deus e a obedecer às leis.

A castidade mental é obra de grande importância para a nossa supremacia espiritual, sem as sutilezas da arrogância e as manobras do orgulho. Devemos nos esforçar todos os dias, a partir do momento em que nos alistamos no exército do Cristo. Como espíritos, mesmo no mundo, mas à procura da luz, compreendamos, na urgência das nossas necessidades, que renovação é tema central da alma - ovelha que reconhece o pastor, atendendo os seus magnânimos convites, pela inteligência e pelo coração.

A elegância dos pensamentos ajusta o meio ambiente em que viveis, para chamados fraternos e para uma conversação sadia, desamarrando do núcleo da vida, a expressão do amor, de modo a participar, na mesma freqüência, a razão. Para que tudo isso se faça, o esforço próprio é imprescindível, dia a dia.

A auto-educação haverá de se processar passo a passo, e a vigilância deve arregimentar todas as forças possíveis nessa imensurável batalha que somente termina na pureza espiritual, para começar outros labores, em escalas que escapam ao raciocínio humano.

A vida é um turbilhão de vidas sucessivas, que se associam por lei de esforços e de obediências correlatas. No homem, o começo do sofrimento é princípio de maturidade. É, pois, a força do progresso atingindo a sua farda física, para que o corpo espiritual se atualize nas necessidades maiores. Os grandes golpes na alma clareiam seu caminho para certas mudanças na arte de viver melhor.

Escrevemos para todos, é certo. No entanto, endereçamos nossas mensagens, com mais intimidade, aos despertos, aos companheiros conscientes dos seus deveres ante a escalada do Mestre. Se começais hoje a vos renovar na vida que levais, amanhã sereis torturados impiedosamente pelas forças contrárias, donde resulta a desistência de muitos estudantes da verdade, por ignorarem que o ataque, a maledicência, a injúria, o desprezo são outras tantas forças do bem, revestidas aparentemente de inimigos. Todavia, o que Jesus disse nos conforta sobre maneira: “Aquele que perseverar até o fim, será salvo”.

Associemos nossos esforços aos regimes das leis de Deus, respeitando-as em todas as suas nuances. Se algo faltar de nossa parte, nunca haverá de ser a persistência, como onda de luz a transformar as nossa boas intenções em realidades.

Higienizemos a nossa mente, sem afrontá-la agressivamente. A experiência nos aconselha que o trabalho paciente e constante vencerá obstáculos que se nos afiguram em posição irremovível. Na verdade, a mente plasma o que os olhos vêem, como máquina fotográfica pronta para disparar tendo em mira o objetivo visado.

Não obstante, poderemos fechar o diafragma. Assim sucede com os ouvidos, assim se processa na formação das idéias. Orar e vigiar é atitude certa para que a mente não se suje mais. E o trabalho de limpeza deve ser eficiente, diminuindo a carga corrosiva acumulada em muitos séculos. Um pouco de boa vontade vos colocará, com habilidade, nesse saneamento, e o conceitos que propomos nesse livro são, um tanto um quanto, companheiros da limpeza espiritual, convidando a todos para a libertação.

***
Extraído: do livro ”Horizontes da Mente”, de João Nunes Maia e ditado pelo espírito Miramez ( Editora Espírita Cristã Fonte Viva).

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

100 Anos de Coração!



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Dias atrás, enquanto matutava para escrever um texto em homenagem ao Centenário de Nascimento de Chico Xavier, apenas com o propósito de juntar a minha às centenas de homenagens que lhe estão sendo prestada pela Efeméride, uma linda e jovem senhora, de cabelos prateados, aproximou-se de mim e perguntou com a voz de um anjo que, por instantes, me fez sentir saudades da voz inesquecível de minha mãe:
— O senhor é o Dr. Inácio Ferreira?
— Se caso não fosse, minha irmã, apenas com o propósito de lhe ser útil, eu haveria de nele me transfigurar agora.
Ela sorriu e retrucou:
— Sim, então, é o senhor mesmo.
— Em que posso servi-la? – indaguei, envolvido pela sua aura de extrema simpatia.
— Escrevi um bilhetinho... Eu soube que o senhor escreve para a Terra!
— Garatujas, minha irmã, simples garatujas!
— Se eu lhe pedisse um favor...
— Imediatamente! Um obscuro vassalo não recusa o pedido de uma rainha de luz! – respondi com um gesto de sincera reverência.
— Trata-se de uma dívida de gratidão que desejo saldar. Se o senhor puder...
— Se puder e se não puder também... Ordene e obedecerei!
— Por favor, acrescente às suas estas minhas pobres palavras – disse, entregando-me, com as mãos muito pequenas, delicado pedaço de papel iluminado.
— Qual é o seu nome? – perguntei, observando que ela, quase que esvoaçante, se retirava.
— Aninha! Mas, talvez, eu seja mais lembrada por Cora, Cora Coralina!
Com o coração aos saltos, quando quis detê-la, a sua imagem se desfez em orvalho dourado.
Desenrolando o diminuto pergaminho resplandecente, li com lágrimas nos olhos:
“Mais que um Médium, um Apóstolo!
Ninguém como ele vivenciou a Eterna Mensagem do Amor e da Sabedoria, que o Evangelho do Cristo sintetiza.
Exemplo e ponto de referência para todos os homens e mulheres que buscam pela Verdade, além dos limites de qualquer religião e de toda ciência.
Seiva viva da fé na Imortalidade.
Renúncia, disciplina e bondade, são palavras que, espontaneamente, se lhe fizeram sinônimos do próprio nome – Chico!
Um Chico de luz!
Luz de brilho inalterável, refletindo o Foco donde emana toda a claridade da Vida!
Chico – pronúncia suave e terna que, nele, ao mesmo tempo, passou a significar:
- bênção de pai!
- abraço de irmão!
- colo de mãe!...
Tomando emprestadas as palavras de um amigo, quero também repetir que ele é, sim, o nosso jesuscristinho!
— Ave, Chico Xavier!
Deus te abençoe, benfeitor de muitas vidas!...


INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 30 de março de 2010.


Escrito por Dr. Inácio Ferreira às 08h19