sexta-feira, 27 de agosto de 2010

MÁGOA DESNECESSÁRIA


As relações humanas serão sempre pautadas pela dificuldade que trazemos na alma. E não poderia ser diferente.

Como somos seres em evolução, muito ainda há que se construir nas conquistas emocionais para que o equilíbrio, a justiça e a retidão sejam as ferramentas no relacionamento humano.

Não é raro indivíduos que, desgastados pelos embates humanos, cansados das dificuldades de relacionamento, alegam preferir viver isolados do mundo, sem a necessidade de suportar a uns e aguentar a outros.

O raciocínio se torna quase que natural, frente a tantos esforços que temos que empreender, tanta paciência a exercitar, no trato com o semelhante.

E não são poucos aqueles que se isolam do mundo. Seja buscando uma vida de eremita, fechando-se em seu lar ou isolando-se em essa ou aquela instituição. Esses buscam a paz que não encontravam nas relações sociais e familiares.

Muito embora assim o façam imbuídos, por vezes, das mais nobres intenções, esquecem-se de que, ao isolar-se, ao fugir da sociedade, perdem a grande chance do aprendizado da convivência.

Somente nos atritos que vivemos é que vamos encontrar a chance do amadurecimento das experiências, de crescer, de superar aos poucos os próprios limites de interação social.

Somos todos indivíduos criados para viver em conjunto e a vida solitária somente nos causaria graves sequelas à vida emocional e psicológica.

É na experiência de viver com os outros que a alma tem a possibilidade de conhecer diversas formas de aflições e exemplos inesquecíveis.

É natural que nossas relações não sejam sempre pautadas pela harmonia. São nossos valores íntimos que determinam os entrechoques que, não raro, vivenciamos, ou os envolvimentos afetivos de qualidade, que usufruímos.

Como ainda não nos acostumamos a viver em estabilidade íntima por longos períodos de tempo, vez ou outra surgem dificuldades, problemas, indisposições variadas em nossos relacionamentos.

Pensando assim, pode-se concluir o quanto é desnecessário e improdutivo viver-se carregando no íntimo mágoas e malquerenças.

Ninguém há no planeta que não se aborreça quando recebe do outro o que não gostaria de receber. No entanto, não podemos esquecer que ninguém também pode afirmar que, com seu modo de falar, de ser e de agir, não cause aborrecimentos e mágoas a outras pessoas, ainda que involuntariamente.

Desta forma, cabe a cada um de nós procurar resolver mal-entendidos, chateações e mágoas com os recursos disponíveis do diálogo, do entendimento, da desculpa e do perdão. Afinal, se outros nos magoam, de nossa parte também acabamos magoando a um e outro, algumas vezes.

Assim pensando, podemos concluir ser uma grande perda de tempo e um sofrimento dispensável o armazenamento de sentimentos como a mágoa ou a raiva no coração.

Há tanto a se realizar de bom e de útil a cada dia, e o tempo está tão apressado, que perde totalmente o sentido alimentarmos mágoa na alma, qualquer que seja a intensidade.



Redação do Momento Espírita, com base no cap. 41, do
livro Ações corajosas para viver em paz, pelo Espírito
Benedita Maria, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 27.08.2010.

O CONSOLADOR PROMETIDO


Assim como a vinda de Jesus à Terra marcou o ínicio de uma Nova Era, o advento do Espiritismo veio trazer novas luzes e um imenso manancial de consolo para a humanidade.

A maturidade necessária para entender os ensinamentos do Cristo, em espírito e verdade, tinha que esperar pelo despertar da mente para as realidades do Espírito. Não foi por acaso que a codificação da Doutrina dos Espíritos teve seu ponto decisivio na pátria da declaração dos direitos humanos, da liberdade de pensamento, da pesquisa e do método científico por excelência. A França, em sua tarefa de trazer novos rumos à mente humana trouxe em seu plano de expansão, no século das luzes a missão de abrigar a Codificação e como celeiro do conhecimento, que marcou toda uma época, editá-la para o mundo inteiro.
Cumprindo a promessa do Cristo, o Espiritismo chama os homens a observância das Leis Naturais do Progresso, de Ação e Reação e de Intercâmbio entre os dois planos da vida.

Que consolo maior podem haurir o pai ou a mãe que, através das comunicações espíritas, recebem as mensagens autênticas dos filhos que partiram transmitindo-lhes a esperança e a certeza do reencontro ?
As penas eternas que tanto fustigam os corações sensíveis são revisadas por ótica salutar. O sofrimento, por mais duradouro que pareça, terá fim um dia. Deus, a extrema misericórdia, dá a seus filhos, através do resgate justo, nas vidas de expiação e provas, a possibilidade de cobrir com o bem, no presente, os grandes débitos do passado.

A Lei de Ação e Reação nos ensina que o destino pode ser mudado todos os dias com atos que praticamos. Por isso o retro-agir é uma máxima dentro dos postulados Espíritas.

O consolo contido nas Bem-aventuranças do Sermão da Montanha é explicitado através das explicações do porquê do ser, do destino e da dor. Os sofrimentos são analisados em seus objetivos didáticos-pedagógicos: "a cada um segundo as suas obras", "o que semeia ventos colhe tempestades", "o que semeia a bonança colhe a calmaria", tudo tem uma finalidade útil.

As crises salutares dos sofrimentos humanos têm uma função só: aliviar o homem de seus fardos acumulados ao longo das vidas sucessivas de desatinos e desmandos. Trazer alívio, o planejamento de novas rotas a bem da própria criatura e de toda a humanidade. Isto, conseqüentemente gera mais aceitação para com as diferenças sociais e maior desempenho na luta individual, pois a felicidade futura pode ser alcançada de imediato na sementeira do bem, no dia a dia de cada um.

A certeza de que a morte não existe com extinção de vida é outro grande consolo da Doutrina dos Espíritos. Esta certeza colabora para a aceitação dos reveses e das perdas dos entes amados. Por outro lado, a reencarnação como chance preciosa para a recuperação do tempo perdido, traça novo perfil para o entendimento do "renascer da água e do espírito". Não somente um novo corpo, mas novas perspectivas de aprender e crescer com as verdades espirituais, pois uma infância tão longa em planos como os nossos funciona como o tempo necessário a nova sementeira nas almas reencarnantes. O papel da educação em bases moralizantes é o alvo dos ensinamentos espíritas.

A influênciação espiritual que acompanha o ser reencarnado do berço ao túmulo mostra a veracidade da interpenetração entre os dois mundos: o material e o espiritual. Ninguém está só.

A mediunidade, com Jesus e Kardec, dentro dos aspectos propostos pela Doutrina dos Espíritos, cumpre seu papel de ponte entre os dois planos. Através do exercicío sério e disciplinado da mesma as profecias, os ensinamentos, o socorro através da cura, da assistência espiritual benéfica traçam novos horizontes para a humanidade sofredora.

Enfim, se alguém ainda não se convenceu do papel da Doutrina Espírita como o CONSOLADOR PROMETIDO reflita:

A Doutrina Espírita restaura o Cristianismo na Terra.
A Doutrina Espírita, como fé raciocinada por excelência, lança luzes sobre TODOS os pontos e revelações do Evangelho de Jesus Cristo.
"A Doutrina Espírita é Sol nas almas, ensinado o homem a viver".
A Doutrina Espírita prova que a morte não existe como extinção de vida.
A Doutrina Espírita estabelece correio seguro entre os dois lados da vida.
A Doutrina Espírita está a frente da Ciência da Terra na comprovação das realidades do Espírito e do Universo.
Só a Doutrina Espírita é Ciência, Filosofia, Fé e Religião, consolação prometida há dois mil anos por Jesus, diretriz da humana perfeição.

Fonte:
Matéria de Elzita Melo Quinta e extraída do Jornal Luzes do Consolador - Goiânia - Janeiro 1999.