quarta-feira, 15 de setembro de 2010
ALGUNS CASOS DE CHICO...
ÁGUA DA PAZ
Uma das histórias mais conhecidas a respeito de Chico é a da Água da Paz. Dizem que era muito comum, antes de se iniciarem as sessões no centro espírita Luiz Gonzaga, ocorrerem algumas discussões a respeito de mediunidade, especialmente provocadas por pessoas pouco esclarecidas sobre o assunto. Essa situação começou a provocar certa irritação em Chico, que tentava explicar o que acontecia, mas nem sempre era compreendido.
Revista Espiritismo & Ciência - 18/09/2007
ESPÍRITOS BRINCALHÕES
Um caso bem-humorado era contado pelo próprio Chico, envolvendo um estudioso da doutrina, de Uberlândia que tinha o hábito de abrir O Evangelho Segundo o Espiritismo para encontrar as orientações adequadas, sempre que sentia necessidade – uma prática comum entre muitos espíritas.
Certo dia, quando se encontrava em sua chácara, uma tempestade violentíssima desabou sobre a cidade, com muitos raios e relâmpagos, assustando a todos. Um raio caiu bem próximo de onde ele e outras pessoas se encontravam, chegando a matar um gato.
O homem reuniu os parentes, avisando que o pior não tinha acontecido graças à proteção dos espíritos, e pegou o Evangelho, abrindo-o numa página ao acaso.
A mensagem que leu começava assim:
“Se fosse um homem de bem, teria morrido...” Foi o que bastou para que todos, apesar do clima de meditação, caíssem na gargalhada. Diz-se que os próprios espíritos providenciaram a brincadeira.
Revista Espiritismo & Ciência - 18/09/2007
SOLIDÃO APARENTE
Em meados de 1932, o "Centro Espírita Luiz Gonzaga" estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, José Hermínio Perácio, D. Carmen Pena Perácio, José Xavier, D. Geni Pena Xavier e o Chico. Os doentes e obsidiados surgiram sempre, mas, logo depois das primeiras melhoras, desapareciam como por encanto.
Perácio e senhora, contudo, precisavam transferir-se para Belo Horizonte por impositivos da vida familiar. O grupo ficou limitado a três companheiros. D. Geni, porém, a esposa de José Xavier, adoeceu e a casa passou a contar apenas com os dois irmãos.
José, no entanto, era seleiro e, naquela ocasião, foi procurado por um credor que lhe vendia couros, credor esse que insistia em receber-lhe os serviços noturnos, numa oficina de arreios, em forma de pagamento. Por isso, apesar de sua boa vontade, necessitava interromper a frequência ao grupo, pelo menos, por alguns meses.
Vendo-se sozinho, o Médium também quis ausentar-se. Mas, na primeira noite, em que se achou a sós no centro, sem saber como agir, Emmanuel apareceu-lhe e disse:
- Você não pode afastar-se. Prossigamos em serviço.
- Continuar como? Não temos frequentadores...
- E nós? - disse o espírito amigo.
- Nós também precisamos ouvir o Evangelho para reduzir nossos erros. E, além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na hora regulamentar, estudemos juntos a lição do Senhor, e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho.
Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, o Chico abria o pequeno salão do Centro e fazia a prece de abertura, às oito da noite em ponto. Em seguida, abria o "Evangelho Segundo o Espiritismo", ao acaso e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em voz alta. Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez. Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento. Escutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a inspiração direta de Emmanuel. Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava sozinho...
E essas reuniões de um Médium a sós com os desencarnados, no Centro, de portas iluminadas e abertas, se repetiam todas as noites de segundas e sextas-feiras.
Livro “Lindos Casos de Chico Xavier (Ramiro Gama)
Processo da Encarnação
Processo da Encarnação
(Barbara Ann Brennan)
O processo da encarnação dura todo o espaço de uma vida. Não é coisa que ocorre no nascimento e depois se acaba. A encarnação é o movimento orgânico da alma em que suas vibrações ou aspectos mais altos e mais finos são continuamente irradiados para baixo, através dos corpos áuricos mais finos, até os corpos áuricos mais densos, e dali, finalmente, até o corpo físico. Em seu crescimento pela vida afora essas sucessivas energias são utilizadas pelo individuo.
Cada uma das fases principais da vida corresponde a vibrações novas e mais elevadas e à ativação de chakras diferentes. Em cada fase, nova energia e nova consciência ficam à disposição da personalidade para a sua expansão. Cada fase apresenta novas áreas de experiência e saber.
À medida que ocorre o crescimento, o indivíduo abre sua capacidade de sustentar níveis mais elevados de vibrações, energias e consciência, que lhe atravessam os veículos, os corpos áuricos e os chakras. Dessarte, ele se aproveita de realidades cada vez maiores, à proporção que progride no caminho da vida.
O processo de encarnação antes da concepção foi descrito pela Sra. Blavatsky e, mais recentemente, por Alice Bailey, Phoebe Bendit e Eva Pierrakos. De acordo com Pierrakos, a alma em vias de encarnar-se encontra-se com os guias espirituais a fim de planejar a vida que haverá de seguir. Nesse encontro, a alma e os guias ponderam sobre as tarefas que lhe incumbe realizar para o seu crescimento, no karma que precisa enfrentar e com o qual lhe é mister lidar, e nos sistemas de crenças negativas que lhe cumpre esclarecer por meio da experiência. O trabalho da vida geralmente é mencionado com a tarefa da pessoa.
Por exemplo, a pessoa pode precisar desenvolver o espírito de liderança. Ao entrar na vida física, ver-se-á em situações em que a liderança é uma questão-chave. As circunstâncias, para cada pessoa, serão inteiramente diferentes, mas todas se concentram na liderança. Uma pessoa pode nascer numa família em que a liderança é tradição, como uma longa linha de respeitáveis presidentes de companhias ou de líderes políticos, ao passo que outra pessoa nascerá numa família em que a liderança não existe e na qual os líderes são vistos como autoridades negativas que devem ser postas abaixo ou contra as quais se faz necessária uma rebelião. A tarefa da pessoa consiste em aprender a aceitar essa questão de forma equilibrada e confortável.
Segundo Eva Pierrakos, a dose de aconselhamento que uma alma recebe dos guias na determinação das futuras circunstâncias de vida depende da sua maturidade. Escolhem-se os pais que proporcionarão a necessária experiência ambiental e física. Tais escolhas determinam a mistura de energias que formarão finalmente o veículo físico em que a alma se encarnará para realizar sua tarefa.
Tais energias, muito precisas, fornecem à alma o equipamento necessário ao cumprimento da sua tarefa. A alma aceita o encargo não só de uma tarefa pessoal de aprendizagem pessoal (como a liderança) mas também uma “tarefa mundial”, que implica uma dádiva para o mundo.
O esquema é tão singular que, ao cumprir a tarefa pessoal, a pessoa se prepara para cumprir a mundial. A tarefa pessoal liberta a alma, soltando energias que então são usadas na tarefa mundial.
O plano de vida contém muitas realidades prováveis, que permite amplas escolhas de livrearbítrio.
Entrelaçada nessa contextura de vida está a ação de causa e efeito. Criamos nossa própria realidade. A criação, que emerge de muitas partes diferentes do nosso ser, nem sempre é fácil de compreender a partir de um simples nível de causa e efeito, embora muito da nossa experiência possa ser entendido por esse aspecto. Você cria literalmente o que deseja. O que deseja está contido na consciência, no inconsciente, no superconsciente e na consciência coletiva, forças criativas que se misturam para criar experiência em muitos níveis do nosso ser à medida que progredimos pela vida afora.
Após o “planejamento”, a alma entra num processo de perder aos poucos a consciência do mundo do espírito. Por ocasião da concepção, forma-se um elo energético entre a alma e o ovo fertilizado. Nesse momento também se forma um útero etérico, que protege a alma entrante de quaisquer outras influências que não sejam as maternas. A proporção que o corpo cresce dentro da mãe, a alma, aos poucos, principia a sentir o seu “arrastamento” e, devagarzinho, liga-se conscientemente ao corpo. A certa altura, de repente, a alma dá tento dessa conexão, e um vigoroso lampejo de energia consciente desce ao corpo em formação. A alma, então, volta a perder a consciência, e redesperta, a pouco e pouco, no físico, O vigoroso lampejo de consciência corresponde ao tempo dos primeiros movimentos do feto.
Texto extraído do Livro Mãos de Luz psicografado por Barbara Ann Brennan
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